Pages

PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO EM CRIANÇAS PEQUENAS

  • Falta de apetite
Normalmente, esta é a queixa mais comum que se ouve em relação a crianças de 1 a 3 anos de idade.
Os pais geralmente se preocupam com a quantidade de alimento ingerida pela criança com receio de que a não alimentação comprometa o crescimento dela; no entanto, se a criança é ativa e cresce a um ritmo normal, as preocupações nesse sentido devem ser deixadas de lado.
Via de regra, é muito comum que a criança tenha pouco apetite por ser pequena demais ou, ainda, por ter o hábito de beber muito leite. Em média, um menino de 1 ano, de aproximadamente 9 quilos, precisa de 1.000 a 2.000 calorias diárias. Portanto, se ele beber um litro de leite inteiro, isso já suprirá cerca de 60% de suas necessidades calóricas e, conseqüentemente, ele não terá vontade de comer. Para fazê-lo comer mais alimentos sólidos, basta reduzir a quantidade de leite por ele consumida.
Além disso, a hora de refeição não deve se tornar um momento de tormenta, repleto de rogos, ameaças e subornos. A recusa da criança em comer nunca deve ser objeto de desaprovação ou castigo. Se houver resistência durante as refeições, tente descobrir o que pode estar causando a falta de apetite e procure remediar a questão sem comentários (tente, por exemplo, diminuir a quantidade de alimentos colocados no prato e dê à criança um prazo para comer (20/30 minutos). Ao término desse tempo, retire o prato sem qualquer manifestação de aprovação ou reprovação e... observe os resultados).

  •  Problemas na hora de dormir
Normalmente, as crianças pequenas têm problemas relacionados com o sono: resistem em ir para a cama, acordam no meio da noite ou saem da cama com desculpas de terem sede, de quererem ficar mais um pouquinho acordadas ou de irem para outra cama. Nesses casos, a coerência é a melhor saída na resolução do problema: as crianças se desenvolvem melhor se houver uma rotina diária. Portanto, é muito importante que tenham uma hora certa de ir para a cama.
Se tais situações forem tratadas com firmeza, aliadas à calma, obrigando o pequeno a voltar para a cama sem maiores comentários, ao fim de uma ou duas semanas o problema estará resolvido. A criança pode até fazer a maior choradeira a princípio (é um tipo de teste, chantagem emocional), mas não tardará a se acalmar.

  • Contar mentiras 
Os pais costumam ficar muito preocupados a primeira vez que descobrem que o filho mentiu. Mas, o problema não é tão grave assim, desde que os pais dêem o exemplo correto.
Nas crianças pequenas, realidade e fantasia se misturam. Algumas arranjam amigos imaginários e lhes atribuem ações e culpas, pois ainda não aprenderam a dar um significado moral às mentiras.

Um diálogo aberto, franco e afetuoso entre pais e filhos e a educação pelo exemplo são o melhor remédio contra a transformação da mentira num hábito.

No entanto, se a criança mentir, não a sente em uma cadeira até ela confessar o deslize. Essa atitude provavelmente não irá melhorar o comportamento dela. O caminho é a confiança e a valorização: quanto mais a criança perceber o grande valor que o pai ou a mãe dão à verdade e à confiança mútua, menos provável será que a mentira se torne um problema grave quando ela crescer.


Comportamento agressivo
 Lidar com outras pessoas não é uma tarefa fácil.
Imagine, então, o que é para uma criança, até então centrada em seu próprio mundo, ter de lidar com outras crianças e, geralmente através das brincadeiras, participar das inevitáveis disputas por um brinquedo, por vezes acompanhadas de socos, mordidas e gritos.
Uma das lições mais importantes a aprender nos primeiros três anos de vida é a partilha com os outros, e nem todas as crianças aprendem esta lição tão depressa e tão bem. Aquilo que pode parecer engraçadinho num bebê de 1 ano, poderá tornar-se um sério problema na época de ele entrar para a escola e, então, o egoísmo, o egocentrismo e a intolerância poderão manifestar-se.
A criança é um ser imitador por natureza; portanto, a agressão infantil é, geralmente, decorrente da imitação dos pais, de outras crianças e de personagens da televisão.
As crianças mais agressivas brincam melhor em ambientes espaçosos, com liberdade que num espaço restrito, e devem ser vigiadas até melhorarem sua sociabilidade.
Por vezes o castigo pode ser uma atitude aceitável. Mas não o castigo físico. Melhor é escolher um local bem aborrecido da casa (por exemplo, uma cadeira virada para a parede), e deixá-la ali, pensando no que fez, por alguns minutos (o tempo médio de castigo é de 1 minuto por ano de idade). Ao final do tempo, o castigo cessa e os pais não devem voltar a enfatizar o motivo que levou à punição. 
0 Responses